Sexta-feira, 8 de Junho de 2007

Jean-Andoche Junot


(Bussy-le-Grand, França, 23 de Outubro de 1771Montbard, França, 29 de Julho de 1813), militar da França.

Iniciou seus estudos em Chantillon, prosseguindo-os em Paris, quando, ao eclodir a Revolução Francesa, alistou-se como voluntário no Exército (1791). Durante o cerco de Toulon (1793), no posto de sargento, foi escolhido como ajudante-de-ordens de Napoleão Bonaparte, com quem fez carreira na Itália, no Egito (1798-1801), na Áustria (1805), na Guerra Peninsular (1807-1808, 1810) e na Campanha da Rússia (1813).

Tendo se distinguido na Campanha da Itália, recebeu um ferimento na cabeça em Lonato, que seus biógrafos acreditam tenham lhe causado permanentes transtornos de pensamento e de carácter, afetando-lhe a capacidade de julgamento e tornando-o impetuoso e temperamental. Alcançou o posto de general durante a Campanha do Egito, mas, ferido em um duelo, foi capturado quando de seu retorno como inválido à França. Ao chegar, foi nomeado general de divisão e nomeado governador de Paris (1801). Nesta época, desposou Laure Permon.

O seu envolvimento com Portugal iniciou-se a partir de 1804, quando serviu um curto período como representante diplomático acreditado em Lisboa. Foi nesta época que, em abril de 1805, ao retornar de uma audiência com o Príncipe Regente de Portugal D. João, registrou no seu diário pessoal: Meu Deus! Como é feio! Como é feia a princesa! Meu Deus! Como são todos feios! Não há um só rosto gracioso entre eles, exceto o do príncipe herdeiro.

De Portugal passou à Áustria, onde combateu na batalha de Austerlitz (2 de Dezembro de 1805). Nomeado Governador Geral de Parma, no ano seguinte foi nomeado Governador Militar de Paris. No comando do Corpo de Observação da Gironda, ocupou Portugal em fins de 1807, iniciando a Guerra Peninsular. Indicado como Governador Geral de Portugal, foi feito duque de Abrantes (Março de 1808). Diante da ofensiva de Arthur Wellesley (depois duque de Wellington) em Agosto, que bateu as tropas francesas na batalha da Roliça (17 de Agosto) e na batalha do Vimeiro (21 de Agosto), Junot propôs aos ingleses um armistício que lhe permitiu a retirada: a Convenção de Sintra, assinada a 30 de Agosto. Voltou à península Ibérica com as tropas do general André Masséna (1810), quando foi gravemente ferido.

Durante a Campanha da Rússia (1812), foi acusado de permitir a retirada do Exército russo após a batalha de Smolensk (17 de Agosto), embora tenha comandado o 8.º Corpo francês na batalha de Borondino (7 de Setembro).

Já mostrando sinais de demência, em 1813 foi feito governador da Ilíria, tendo cometido suicídio, atirando-se por uma janela.

publicado por lincoln1 às 21:17
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